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Sarau Para Lorca (Sesc São Caetano)

sex., 02 de set.

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Sesc São Caetano

Um panorama musical e poético de Federico García Lorca, de sua terra natal, a Andaluzia, sua gente e sua luta. O poeta andaluz, que foi uma vítima do fascismo no início da Guerra Civil Espanhola, serve como bússola para ajudar-nos na travessia desse momento cáustico e turbulento de nosso país.

Sarau Para Lorca (Sesc São Caetano)
Sarau Para Lorca (Sesc São Caetano)

Horário e local

02 de set. de 2022, 20:00 BRT – 03 de set. de 2022, 21:00 BRT

Sesc São Caetano, R. Piauí, 554 - Santa Paula, São Caetano do Sul - SP, 09541-150, Brasil

Sobre o evento

https://www.sescsp.org.br/programacao/sarau-para-lorca/

Um panorama musical e poético de Federico García Lorca, de sua terra natal, a Andaluzia, sua gente e sua luta. O poeta andaluz, que foi uma vítima do fascismo no início da Guerra Civil Espanhola, serve como bússola para ajudar-nos na travessia desse momento cáustico e turbulento de nosso país.

Teoria e prática do Duende: Abismos, luas e outras terras.

A partir das conferências, canções, desenhos, poemas e cenas de teatro, Federico Garcia Lorca, o poeta insepulto, faz-se de novo carne para saber o que foi feito do mundo, nesses meados do século XXI. Essas conferências, misto de poesia, filosofia de música, pintura e teatro, buscam deixar que Federico fale mais uma vez a nós, brasileiros e brasileiras, na sua língua verdadeira: não o espanhol, mas o idioma lorquiano. Aquele dos duendes, da morte mendicante, das mariposas, dos ginetes portando facas e da lua vestida de renda, das canções de ninar andaluzas à primeira crise do capitalismo, das musas, dos anjos e dos duendes. Garcia Lorca é um artista ímpar. Não só pela multiplicidade de linguagens através das quais foi capaz de expressar o espírito de sua terra, de sua gente e de seu tempo. Muitos outros artistas foram capazes de fazer o papel de sismógrafos, captando um bocado antes, os terremotos sociais que se avizinhavam. O curioso, no caso de Federico, é que criou um vocabulário próprio. O adjetivo “lorquiano” dá pistas do que seja tal fenômeno poético, tal gramática a partir da qual pensou, desenhou, versificou, teatralizou o mundo. Da Andaluzia até Nova York, de Buenos Aires à Cuba, o poeta foi, e aqui utilizaremos sem medo e pudor esse adjetivo, universal. Mas além desse aspecto estético, nosso personagem parece ter nascido com uma trágica vocação: a de se tornar representante da luta pela liberdade, não só de um povo, mas a liberdade de todos os povos: por sua luta, por seu ativismo, por seus poemas, mas, principalmente, por seu doloroso fim. O de ter sido assassinado pelos franquistas, nos primeiros meses da guerra civil espanhola. Lorca é fuzilado com três tiros pelas costas: um por ser socialista, outro por ser “maricon” e ainda outro, por ser poeta.

O Sarau

Este sarau nasce pelo amor à poesia, pelo amor à música, pelo amor à palavra. O poeta espanhol Federico Garcia Lorca acompanha a Cia do Tijolo ainda de outros ares, desde que vivíamos o aprendizado com o mestre e amigo Ilo Krugli, durante os anos que vários e várias de nós trabalhávamos no Grupo de Teatro Ventoforte, até à montagem do espetáculo “Cantata para um Bastidor de Utopias” pelo Tijolo. E continuam a lua, a morte, os crocodilos, o amor, a luta e a terra voltando vez por outra a cochicharem em nossos ouvidos atentos.

Federico Garcia Lorca foi um dos maiores dramaturgos e poetas espanhóis além de pesquisador musical, recolhendo diversas canções do profundo da Espanha. Além de pianista, Lorca também bradava suas conferências com mestria ímpar capaz de encantar os salões e as ruas de sua época. Foi diretor do grupo La Barraca, que percorreu as estradas levando suas peças e friccionando as margens do que é dito popular e erudito.

O poeta andaluz que foi símbolo de resistência aos regimes de exceção, vítima dos fascistas na guerra civil espanhola, serve como bússola para ajudar-nos na travessia desse momento cáustico e turbulento de nosso país. Poesia como colheita de frutos necessários, como apologia da beleza e da dignidade humana, fonte de palavra justa.

Nesse encontro, a poesia assume a regência de um mundo doido, tentando extrair do caos algum sentido ainda inimaginável. Neste encontro, para celebrar e rememorar o poeta Federico Garcia Lorca, a Cia do Tijolo traça um caminho, como um bordado inacabado, que se inicia no Ventoforte e ainda se continua.

Esse nosso bordado tem como fio condutor e eixo principal a conferência “Teoria e Prática do Duende”, escrita pelo poeta na década de trinta do século passado, além de textos da filósofa andaluza María Zambrano, trazendo dessa maneira um panorama musical e poético de Lorca, de sua terra e de sua gente e luta, que se relaciona diretamente com a nossa.

Ficha Técnica Dinho Lima Flor Karen Menatti Rodrigo Mercadante Marcos Coin Maurício Damasceno Márcia Fernandes Thais Pimpão Eva Figueiredo

Venda online a partir de 23/08 às 12h e presencial a partir de 24/08 às 17h

Agenda


  • 1 hora

    Sarau Para Lorca

    Sesc Sao Caetano

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